quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POESIA: VERSOS DE MAGIA E DEVIR

Desassossego (Margarete Amorim, maio, 2010)

 A noite entrou

Em meu quarto mais íntimo

Como aleluias pela janela

Buscando a luz

Que se apagava lentamente.



O caminho infinito

Parou na curva da estrada.



Algo ruim

Penetrou em minhas veias

E poluiu minhas idéias

Que antes fluíam

Com o frescor e a confianças

Das águas do riacho,

Que sabem que é só ir.



Tem pessoas e situações

Que conseguem matar

A vida de nossa alma.



Mas a poesia

Liberta-nos de suas garras.



A noite se torna uma criança

As aleluias vão descansar

E a curva da estrada

Convida a olhar para os lados

E não para frente:

Nunca havia visto aquelas flores na beira da estrada.

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