quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SINGULARIDADE E DEVIR

                                                                         JORGE BICHUETTI
Muitos homens são pura identidade( predominantemente): repetem, são o previsto e o prescrito, a mesmisse, a monotonia .Estabilidade, equilíbrio e permançência.São cinzentos e descoloridos, apáticos e insalubres.
outros se aventuram, experimentam, exploram as potências das multiplicidades. São metamordoseantes ( Orlandi).
Uns seguem a linha reta.
Outros vagueiam por vôos transcendentes, por veredas inexploradas; pela rua e pelo céu andam, experimentando novas possibilidades de vida
Frei Beto afirma que ninguém suporta a normalidade.
E o que é a normalidade? É a identidade de um ego hipertrofiado que se mantém a mesmisse:sem cor, sem cheiro, sem paladar, sem arrepios e sem fantasias. O lógico, o prático. O escravo amoedado do capitalismo.
A singularidade, não, é a exploração do que nos peculiar, de nossos desejos, de nossa criatividade, é a construção de um jeito próprio de ser e existir.
E, assim, é uma rede de multiplicidade.
Somos muitos...
Somos meninos e velhos, poetas e artesãos, bichos e faunas,mucheres e minorias... Somos infinitamente tudo o que pode a vida.
Sendo, assim, somos mais flexíveis para dar conta das inúmeras demandas da vida.
Desenvolvemos um repertório de conduta que nos torna apto a enfrentar as diversas adversidades da vida.
Como? Se nos criamnos uno, o mesmo, o igual...
Podemos reproduzir o igual: ego que se repete numa manutenção ortopédica do igual; mas podemos devir... e devir atualizando o que um corpo pode e explorando nossas potências adormecidas.
Devir - permanente vir-a-ser, não no expectro existencialista do crescimento, mas na diferenciação da vida como produção do novo radical.

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