segunda-feira, 1 de novembro de 2010

MESTRES DO CAMINHO: LAS MADRES

                                                                                        JORGE BICHUETTI

Aqui, deveriam falar elas... Coisas de édipo, falo eu... Com o coração entre os estalidos da timidez e e os vôos da esperança que vive no meu corpo, porém que nasceram do que vivi e aprendi com elas: las Madres...
Pachamama está feliz, chove... e a chuva que retrata a fecundidade de uma trra, de um povo... é pura emoção, eu filho re-aparecido...
Elas nasceram a dor... a pior dor que sofre uma mãe: seus filhos foram tragados e desaparecidos pelo fasciscimo da ditadura militar argentina...
O que faz uma mãe? Procuram seus fillhos... Todos lhes fecharam as portas. O estado, as autoridades, a policía, a igreja...
Uma mãe não desiste: foram às ruas.... E, assim , nasceram paridas de seus filhos desaparecidos como resitência, luta e amor...
Perambularam por tudo quanto é espaço...
Visíveis, foram presas, assassinadas e sempre ameaçadas... Diante do terror, que persistia, podiam fugir, não avançaram: somos mães de todos os desaparecidos, e já não aceitamos soluções individuais.... Era a voz da Mãe Trra corporificada numa luta que dignificava a vida: somos mães de todos e todos são nossos filhos...
pressionadas, seduzidas, coptadas; resistiram e gritaram: nenhum passo atrás.... Seguiram...
Como sempre, o sistema tentou comprá-las... Havia uma dúvida no pagamento uma meia culpa, porém elas pensaram que já não eram apenas mães de seus filhos, eram herdeiras de suas utopias, e respoderam com bravura:Aparição com Vida!
Ouvi delas, agora, iremos assumir em cada jovem e oprimido sofrido, uma aparição viva de nossos filhos demandando-nos ação solidária, nasceu, assim, uma obra incomensurável...
A universidade Popular, o Café Literário, a Editora, a Rádio voz das MAdres, a revista Sonhos Compartidos, o Espaço Cultural Nossos Filhos, o Comedor, o trabalho de reconstrução da vila destruída pelo fogo, o projeto de economia solidária de construção de casas populares...
Elas não param... querem seus filhos; mas já não os querem no desejo individualista, querem eles vivos nos seus sonhos e nos que motivaram suas vidas , os sofridos, os oprimidos, os excluídos...
De todos , elas são mães... E não são verticalmente, radicalizando o amor revolucionário de seus filhos, gritaram: O outro sou eu...
E é com esta emoção que divulgamos um momento impar da América Latina: o IX Congreso Internacional de Salud Mental y Derechos Humanos, agora, em novembro, nos dia 18,19,20 e 21, em Buenos Aires...
Que evento é este?
- um encontro de trocas dos que produzem pela vida;
- um momento de conhecer o que se pode fazer movido pelo amor, pela solidariedade e pela justiça social;
- um instante onde se instala uma nova escola, a escola do cuidao, do acollhimento, da inclusção social e da libetação;
-  a hora de se mudar e de se descobrir agente da mudança;
- um fstival de afirmação da vida, da diversidade, da ternura e da alegria...
Ciência? Sim... Mas, também, arte, política, poesia e magia de se retomar os rumos da utopia que nos libertarão das cinzas do hoje.

 TODOS NO CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAÚDE MENTAL E DIREITOS HUMANOS...
BUENOS AIRES, DE 18 A 21 DE NOVEMBRO DE 2010.... NÃO SOMOS ÓRFÃOS: NOSSOS SONHOS POSSUEM MÃES!..
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto



Mercedes Sosa , hermana, hoje... por su lucha es nuestra madre con las Madres en lucha...

4 comentários:

Anônimo disse...

Querido Jorge!
Até as malas já estão prontas!
Que bom que você existe!
Você é preciso...

Beijos no coração
trocadilhotrocadinho

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Ir a Las Madres... buscar as vias do sonho... e redescobrir a potência da luta...
Aprender, trocar... Reinventar a alegria...
E se devir latnoamericano.
Vamos na magia da aurora e com canto dos passarinhos, viajar para um país a ser inventado: a República Livre da Ternura e da Solidariedade.
Abraços jorge

Sumaia Debroi disse...

... e nas asas da borboleta!
Sumaia

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Borboleteando a vida, caçando flores e catando risos e cantos e , assim, semearemos um jardim de magia, um novo amanhã.
Beijos jorge