segunda-feira, 28 de março de 2011

POESIA: TEMPO DE AMAR... DE AMAR SEM TEMPO...

                                       SILÊNCIO
                                                   Jorge Bichuetti

Houve um tempo de alegria, nossa casa
e nossa vida era uma profusão de ruídos;
ondeavam cantigas no ar... as crianças
corríam e espalhavam uma revoada de
sorrisos, palavrões e alguns suspiros...

Nós, conversávamos... Longos diálogos,
histórias e banalidades de uma cordial
cumplicidade, uma vida entrelaçada e
cheia de harmonia, sonhos e poesia...
O tempo passou e sem pedir licença

aqui, nestas cadeiras frias, nos deixou...
Todos cresceram e a vida de palavras,
em alguma esquina, distante, se perdeu...

Agora, estamos nós... Cabelos brancos,
corpos doídos, neste profundo silêncio...

O tempo, este vil inclemente, tudo levou;
porém, nossas mãos trêmulas e frágeis,
ele não pode, não ousou... separá-las...

Assim, estamos olhando as folhas caídas;
sós, no nosso frio outono... silenciosos,
contudo, como nas antigas primaveras,
nos olhando com carinho... de mãos dadas.


                                    UM CARINHO
                                                        Jorge Bichuetti

A paixão é volátil, volúvel,
tão intensa,
quão traiçoeira...

Já a ternura do teu carinho,
suaviza
as curvas da eternidade...

Nossos desejos selvagens
aninham, hoje,
no nosso encanto de passarinhos...

Voamos na poesia da amizade,
eterna
força que nos mantêm na estrada
de mãos dadas;
renovando
todo dia
nossa eterna união
com uma nova flor colhida
no jardim da suavidade...


                              A VIDA NÃO PASSOU...
                                                          Jorge Bichuetti

Sentados, a vida pensa que passa;
o tempo se crê fugidio.. e nós
somos a vida remoçada... o amor
que não se perdeu nas ilusões,
nem se assombrou com as cinzas
que vieram do fogo queimando
as vertigens da nossa mocidade...

Olhamos as flores que renascem
e sorrimos... Longe do mundo,
esquecidos... já não somos
os delírios da vã alegria,
nem a loucura das festivas
noites dos amores incendiários;
somos a ternura viva e juvenil,
do olhar calmo que fita o infinito,
sabendo-o imenso, porém, só
um átomo da nossa terna felicidade.


                             E-TERNOS...
                                   Jorge Bichuetti

Queimamos nosso fogo e juntos ardemos
nos redemoinhos da paixão... Assim, foi
e se foi... Nosso amor, num minuto quis
todo tempo e toda vida...  Um vulcão...

Depois, nos redescobrimos no sereno
de uma noite de magia e poesia... Nós,
então, tecemos com flores, carícias e
ternura, um novo amor... Uma oração

de vida na vida, um no outro e juntos,
caminhamos entre flores e estrelas, nós,
amantes e amigos, luz na serenidade...


                  LUARES
                                 Jorge Bichuetti

Se me queres, não
me deixes na solidão..
Um amor cresce e
segue, se encontra
paz na alegria
alegria na paixão...

Não creias na adrenalina,
nem apeles para a dopamina...
O luar incendeia
no terno calor
e soa na inarticulada
suave poesia...

Os luares compõem cantos de magia.
Encantamentos e florescências
que se arrepiam o corpo,
asserenam a alma,
e semeia , germina e aduba
no coração, um do outro,
uma flor perfumada
no amor das estrelas
que brilham, distantes, e perto chegam,
se no umbigo da noite,
juntos se sonha... já num novo dia...

2 comentários:

Tânia Marques disse...

Lindo d+++++ este post. Parabéns!!!! Jorge, estou repaginando os meus blogs. O meu "carro-chefe" é o www.marquesiano.blogspot.com
Você sempre se esquece de ir lá (rsrsrs). Publiquei um poema teu no www.degraucultural.blogspot.com
Quase todos os blogs estão de cara nova. Quando encho o saco, procuro variar. Beijos e um ótima semana!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

TÂNIA, ANDEI SIM.... SÓ QUE TIVE QUE FICAR VENDO O CONCERTO DA CASA, POR CAUSA DA LUA... HOJE, IREI DEPOIS DO CONSULTÓRIO, PASSAR POR TODOS.
VOCÊ INCLUSIVE, DEVE TER VISTO UNS COMENTÁRIOS... MENINICE, MARTA E ADÉLIA PRADO... bEIJOS, COM IMESNO CARINHO, JORGE