terça-feira, 22 de março de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: PULSAÇÕES DO DEVIR...

                      Estrelas

                                    Guilherme Elias

Quando as vejo na multiplicidade da existência, comovo-me.
Sinto as luzes abrilhantarem meu caminhar,
Por vento sereno, que devagar, acalma a flor seca dium inverno,
Atravessam as flores, as sensações de parceria, de amizade.
Respeito para com um mar turbulento, e estupendo, que goteja suor pelas bordas das ondas;
Brilha a espuma salgada, em meio a areia doce de arco-íris
Afirmam a vida no acaso e no fluxo do vento...
Que sopra e molha o desalento para cavernas de vazio
Brilhar no fundo do oceano, em meio a céu aberto/
Estar nos bifurcando pela coragem de experimentar-se
De espalhar-se
No meio.
É um festival de alegria, de aventura e poesia
Que erradia o brilho das estrelas em nossos luares;
Amores, amares, aos sons, á vida, á produção da produção,
Ao desejo.
A invenção.
Não sou poeta.
Apenas, digo o que move, não o que gira...
Por entre conceitos sou como as estrelas...
Multiplicando luzes de vida, com pequenos golpes potentes.
Que avisam a chegada do novo
Ke zubjetiva a iscrita
I noissos Koraçães.


                    Medo

                               Guilherme Elias

Que da medo, que medo que dá?
A sensação de paixão, em meio á tensão!
Medo, que acontece é aventura;
Uma remada não na busca de algo,
Mas para sobreviver aos medos paralisantes
Os bifurcando em sensações e vibrações
A d r e n a l i z a n t e s.
Que explodem de alegria o coração em desvio,
Que enxerta poesia em meio á selva triste;
Abre os olhos para pequenas coisas em relance casual.
Sinta o vento denso que move, para outros luares.
Sem que perceba,
Já foi.
A superação dos medos da idéia de falta,
Mas a caminhada junto ao medo é real e amorosa/
No íntimo de nossos fantasmas, dialogar com os medos se faz necessário,
Para que não nos deixemos engolir, pelo anti-produção/alienação/conformismo
Faz-se necessidade de parcerias,
Estratégias, linhas de vida, em fuga do que paralisa/escravisa;
Criando outros universos de referência, não em geral, mas
S i n g u l a r e s.
Subjetivando-se no encontro com quaisquer modos de expressão, no entre da compreensão lingüística,
No fluxo do acaso, saltitante como um grilo, que não se cansa de mudar de paisagens.
Nômade como um felino, que transita por onde bem entender e faz a acontecimento!
M o vi m e n to, do entre.
Do que transita pelas bordas, e atravessa núcleos estáticos;
Que borbulha grama em sons de terra.
Que queima água na atmosfera.
Medos, a d r e n a l i z a n t e s
             S i n g u l a r e s
             Faz-se

M o v i m e n to S   nOs bONs  en cOntros   pro du zindo  P o t e n c ia  de    V I Da.

                                            POEMA DO COPO 

                                                       Josiane Souza

 Preencheu-me de súbito e borbulhou sobre mim,
teu líquido quente embaçando meu vidro.
Não sei se eras nosso fervor ou o cigarro aceso ao lado,
que enublava com fumaça a superfície das coisas.
Mas do toque devoto ao desejo de cada gole,
sei que me apertava com as pontas enrubrescidas dos dedos.
E na ânsia de levar-me até os lábios secos,
eu suava e me fazia escorregar para atrasar teu regalo.
Não tardou para nossa sede esvaziar-me e abarrotar-lhe.
E então ali, do vazio úmido de teu resto,
Pude eu ficar cheio de outro líquido.


                                       O POETA
                                                       Thiago Luis

Quero ser poeta dos pobres
dos travestis
dos vagabundos.

Quero que minha poesia
alimente os pedreiros nas construções
alivie o enjôo das mocinhas nas conduções.

Quero que minha poesia
esteja escrita nos postes onde mijam os cães
onde trepam os desvalidos para roubarem as ligações elétricas...

Quero que minha poesia
refresque a goela nos dias de praia
esteja no espaço eterno dos olhos dos namorados.

Quero que minha poesia
seja um guarda-chuva, ou seja a chuva
seja a erva que se espalha sobre o jardim, seja o jardim.

Quero ser poeta dos doentes
dos aflitos,
dos drogados.

Quero que minha poesia
seja semente que esparrama algum pecado
converse com espíritos, magos e retardados

Quero ser poeta dos ricos
dos pobres,
dos travestis
e dos trabalhadores.

Uma poesia que rasteje nos campos,
vagueie incólume pelos enunciados
e invente novas vidas, novos rumos.

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