sexta-feira, 27 de maio de 2011

AFORISMAS ENTRE AS FLORES DA POESIA E OS VOOS DA FILOSOFIA

                                                           Jorge Bichuetti

O mar e a linha do horizonte se misturam: para quem mira o infinito, nunca se sabe, se o céu brota da Terra ou se é a Terra que tece, poeticamente, o céu...
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Para o pescador, deus é o mar; para  o povo, o peixe na rede... Para Deus, é o sonho do pescador e a fome dos miseráveis..
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A velhice não é os cabelos brancos, as rugas e as dores; é a serenidade do vivdo nos encantos dos passos percorridos e  a audácia dos sonhos sonhados...
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O nada não é a vida; o nada é a vida estagnada.
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Voam: passarinhos, cantigas e palavras...
O beijo cai... umifica o chão e ressurge flor...
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De mãos das caminhamos: nossa ternura maior, nosso amor eternizado na memória da praçae e nodas canções da orquestra improvisada.
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Só se ama na partilha, na ternura e na cumplicidade: o resto é puro desejo de ser amado ou de adoção filial.
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Os Sem-Terra não distanciaram do sonho: a cerca do latifúndio persiste estrangulandoo sonho; e, agora, é cerca eletrificada... Os sem possuem sonhos que vitalizam e fertilizam, não eletrocutam...
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 O poeta é o profeta do porvir; lê as linhas do futuronas lágrimas que lhes sulcam a face.
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A rosa é a poesia escrita pela vida para  prefaciar o livro das paixões


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2 comentários:

Concha Rousia disse...

E o olhar Jorge, meu amigo, é o nosso olhar, que tece Ceu e Terra juntos... e teus versos tecem esses pensamentos para nossas viagens poéticas... Abraço verde-azul deste lado da Terra-Ceu, Concha

As tuas últimas frases tuas fizeram-me lembrar de um poeta amigo que diz, falando da Galiza:

Uma Terra, onde o Sol é o canteiro de uma rosa...

Ele é Victor Domingos.

Abraços com sol e rosas sempre, Concha

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Concha, nossos sonhos e poesia se entrelaçam nos sonhos e no orvalho do chão de Galiza, com seu Clube, sua juventude, seus prádios e carvalhos... Uma rosa no chão, uma fogueira na noite e um silêncio dos carvalhos que acolhem, amandonos...
Abraços com carinho, Jorge