quinta-feira, 26 de maio de 2011

POESIA: MINHAS ASAS QUEBRADAS... MEU CÉU AZUL - SONHOS E MAGIA, CAMINHO REMOÇADO...

                                     ENTRE NUVENS, U'A ESTRELA CHORA...
                                                                            Jorge Bichuetti

Nuvens cobrem o céu
o país e os sonhos
de um povo cordial
de uma mãe gentil
da matas verdejantes
dos rios cristalinos...
Nuvens cobrem o céu
do amanhã...

Uma árvore caída,
no Alvorada,
sonâmbulo, sangra;
e a estrela se oculta
na floresta,
também, chora...
E, chorando, diz:
como contar m'ias
flores, se, em meu nome,
soterraram a primavera?...


                              ASSIM, NASCE UM DESERTO
                                                                         Jorge Bichuetti

O povo da floresta sabe
o que canta a terra
molhada no orvalho
da manhã ensolarada
com a mata exultante
na aurora da vida que recomeça...

O povo da floresta sabe
do choro seco da terra
quando lhes roubam as árvores
e ela moribunda vira deserto...


                                   LÁGRIMAS
                                                           Jorge Bichuetti

Minha s lágrimas caem
e chegam ao mar
levadas pela correnteza
do riacho que as recolhem
na suavidade maternal
do amor sem limites
que não as deixam
perdidas no cinza do asfalto...

Minha lágrimas caem
confiantes
no amor indulgente
de rios e riachos;
elas não sabem viver
longe dos sonhos
que moram nas ondas do mar...


                               PAIXÃO DE PASSARINHO
                                                            Jorge Bichuetti

Não se amar
sem rosas
na janela
na lapela
na capela
do meu canto
de passarinho
encantado
pelo cheiro
pelas cores
pelo ar inebriante
da paixão...

Doce paixão: de passarinho!...

4 comentários:

Concha Rousia disse...

Soterram a primavera sim, soterram, bem cantado poeta-passarinho...
Quando aqui na Galiza Martir em durante a Guerra Civil Espanhola, pois a Galiza nao participava na Guerra, mas aqui foi onde mais gente mataram... enterraram tantos moços jovens, e o nosso Castelão disse: 'Enterram Semente' é era verdade... pois brotamos todos depois daqueles mortos (vivos para sempre em quanto nós vivermos e cantarmos na mesma língua)

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Concha, somos rizoma... matam-nos aqui, emergimos acolá... e foratalecidos na lágrimas choradas: resistência que se rebela na permane te afirmação da vida e da amizade, da solidariedade e da liberdade. Quantos se foram num caminho que a nossa estrada? e quanto se pensava - acabou, a semente guardava no seu coração o sonho de uma nova primavera.
Abraços com carinho: Jorge

Tânia Marques disse...

Doce paixão: de passarinha, blogueira e gaúcha!Ternura e muito mais.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Ternura sem fim, amiga, e carinho de partilha, caminharemos pelo destino, Jorge