sábado, 19 de novembro de 2011

DIÁRIO DE BORDO: MINHA JANGADA NO MAR...

                               Jorge Bichuetti

Como a vida passa e não vemos... No quintal, a roseira brilha com um novo cacho.. A Luinha dorme... Os álamos. altivos e belos, miram além da linha do horizonte... Caminho e paro, penso: tenho, agora, 51 anos e nem mesmo consegui deixar de ser o menino empoeirado nos folguedos da casa dos meus pais...
A velhice não me assusta, nem a morte... Só carrego um imenso medo. Tenho medo de um dia deixar de sonhar... Tenho medo de um dia desistir de lutar...
Lento, escrevo... Escuto Luís Melodia... Eu quero encontrar sempre um novo canto...
Muitos vejo que medo das rugas, das dores reumáticas...
Eu temo viver e não me encantar mais... com o luar, com as flores e passarinhos... Temo um dia que a aurora não me contagiar com suas profecias de um novo tempo: vida e mundo novos...
Viver é escrever na epiderme do tempo... a poesia libertária da ternura e da justiça social...
Olho os muitos que passam no caminho e temo... perder a vida antes da morte. Não temo inimigos externos, temo a acomodação, a apatia e a desesperança...
Viver é caminhar, buscando o alvorecer: tecendo-o vida de partilha e de comunhão...
Morrer, vivendo, é perder a capacidade de amar e servir, partilhar e sonhar, lutar e enternecer-se...
Eu quero seguir... guerreando, poetizando, ousando a dignidade de crer, lutando... Eu quero permanecer gritando que um outro mundo é possível e necessário...
Os passarinhos cantam...
As flores brilham e perfumam...
O luar pulsa, clareando os caminhos dos que ousam viver nas veredas da utopia...
... mais um ano.
Um ano que é da vida... da vida que sonha com um novo mundo... O mundo de pão, terra, seresta e oração...
Mas a oração da vida é a palavra silenciosa da lágrima dos oprimidos; o choro das florestas; um clamor por liberdade e paz...
Muitos temem na velhice a solidão... E eu que a vejo, diariamente, na face dos que sofrem não a quero... por isso se algo posso pedir, rogo que nunca, ainda que perca tudo e todos, eu perca a capacidade amar...
Assim, cheio de sonhos quero seguir... caminhante, errante, sonhador... e no fim de cada dia, mirando o céu estrelado, peço que a alegria e a paz da humanidade, a associação dos livres produtores, a liberdade, a inclusão social e os direitos humanos sejam a voz do meu coração...
O resto a gente conquista com samba, poesia e o tesouro das grandes e verdadeiras amizades...


8 comentários:

Mila Pires disse...

Andanças


Caminho pela vida

A passos largos

Tenho pressa

Da conquista

De meu mundo

De tudo aquilo

Que está preparado

Para mim

Pessoas me vêm

E vão

Levam muito de mim

E me trazem muito de si

As especiais

Ficam comigo

Feito canção

E permanecem

Guardadas aqui

Em meu coração

(by Mila Pires)

Parabéns meu amigo!
És muito...muito querido, viu?!
Ficarás assim...guar
dado em meu coração!
Beijos...com carinho...Mila.

Mila Pires disse...

Andanças


Caminho pela vida

A passos largos

Tenho pressa

Da conquista

De meu mundo

De tudo aquilo

Que está preparado

Para mim

Pessoas me vêm

E vão

Levam muito de mim

E me trazem muito de si

As especiais

Ficam comigo

Feito canção

E permanecem

Guardadas aqui

Em meu coração

(by Mila Pires)

Parabéns meu amigo!
És muito...muito querido, viu?!
Ficarás assim...guar
dado em meu coração!
Beijos...com carinho...Mila.

Anônimo disse...

Dr. Jorge51,muito jovem. Hoje diríamos que está na metade.Ótima
qualidade de vida,intensa atividade intelectual, amor para dar e distribuir,muitos amigos.
Além do que pode cuidar de si próprio doutor.Amigo dos que já se foram.Nossa quanta coisa!!!
Fico feliz porque voce merece.
Felicidades, felicidades, felicidades. Denise Jardim

Anônimo disse...

Caro Jorge, o mundo gira e o óbvio prevalece. Há algum tempo atrás você disse que em um Congresso, Baremblit profetizava ventos de mudanças e cenários de transformação social. Se ele estava dizendo sobre o "Occupy Movement" é preciso dizer que infelizmente o movimento praticamente não existe mais. Menos de 20 pessoas em Wall Street, algumas centenas espalhadas por Canadá e Londres. E só. Alguns que ainda persistem, apesar do frio do inverno, dizem que o movimento ocupou a internet. Mas isto também não é verdade. O "Occupy Toronto" comemorava 26 mil "likes" no facebook, depois de 2 meses de intensa campanha. Ninguém se importa, apesar do ambiente de crise financeira que se vive. Não há espaço para mudanças. Ao contrário, o espaço é para reformas que amenizem disparidades e distorções do sistema. Reformas reacionais em um sistema capitalista que tem deixado as pessoas contentes, apesar da profunda disparidade entre os ricos, 1% da população americana e o resto dos 99%. Mesmo assim o Congresso ainda não votou o intrumento que regula a compra e venda dos chamados derivativos, que ocasionaram a recente crise nos mercados financeiros da Europa e Estados Unidos. A América suportou e incorporou à sua vida de forma natural a perda de empregos ocasionada pela mudança das fábricas americanas para a Ásia. Também sobreviverão a recente crise, mesmo que a Europa entre em colapso econômico, o que não pouparia nenhum país do mundo. A primavera árabe foi vista com bons olhos por todos que ilusóriamente esperavam (ou por interesse lutavam por isto) que ela se expandisse para a América, em função do terreno propício que a crise econômica criou e pela perda de empregos. Mas os norte-americanos não querem mudar o que está funcionando bem. Resumindo, os Estados Unidos e Israel rufam os tambores da guerra e o ataque ao irã já tem data aproximada, segundo um respeitado jornal americano, final de dezembro ou começo de 2012. Os Estados Unidos concluíram esta semana um acordo com a Austrália e estão mandando 2.500 marines para uma base americana na Austrália. Teor da mensagem: estão de olho na China. Segundo o porta-voz da Casa Branca nesta semana, a China deve seguir as regras do jogo internacional. Estariam eles falando sobre a política de desvalorização do yen ou sobre a necessidade de entendimento com o Ocidente. Por outro lado, os Estados Unidos com a base militar podem estar sinalizando para a China até onde ela pode expandir a sua área de influência econômica, o que não é má notícia. A Liga Árabe está cada vez mais forte e com a ajuda dos Estados Unidos podem finalmente se tornar uma peça importante na geopolítica do Oriente Médio, junto com a Turquia e os persas do Irã. Ninguém mais do que eles não querem ver um Irã detentor de ogivas nucleares e ditando as regras do jogo para seus vizinhos. A prova disto foi a unânime rejeição em recente votação (e anunciada em conjunto com Europa e Estados Unidos) das ações do governo do presidente sírio em sua guerra civil, já que a Síria é a principal aliada do Irã na Liga árabe. Segundo Obama, as cartas estão na mesa e nenhuma opção está descartada. Um comentário em vídeo que se tornou viral na internet em língua inglesa de um importante comentarista político dos Estados Unidos: dizia ele que Obama fará a guerra em troca da reeleição. A guerra é inevitável e ela dá a Obama o segundo mandato, tal como fez George Bush. Obama precisa de capital político depois que jogou todas as cartas que possuia na reforma da saúde. É esperar e ver o que acontece. Caro Jorge, não precisa aceitar o comentário, você pode moderar. Estou escrevendo para você, não para todos que lêem o seu blog. Eu também tenho um blog: www.re-posting.tumblr.com . Abraços, Guerreiro Aposentado.

Anônimo disse...

Escrevi-lhe por tres vezes/
aos poucos voce foi ignorando/
procurei aqui, acolá,meses/
moço mandão,manipulando!


Denise Jardim 19/11/2011

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Mila, minha gratidão pela sua amizade... e alegria com sua poesia que vida florida nos caminhos da aurora, abs ternos,jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Denise, obrigado pela amizade... nunca exclui umsó comentário e nunca deixei de responder... eles aparecem na postagem que foi colocada... Abraços com admiração, jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amigo, falamos de um ascenso das lutas que se anunciam empequenas inquietações... da crise do capitalismo e da vida já esgota no seu modelo individualista já que vulnerabiliza e gera doenças... um abraço, jorge