terça-feira, 22 de novembro de 2011

POESIA: VIDA ESTELAR NOS CAMINHOS DA MUNDANEIDADE

                     SOLIDÃO
                   Jorge Bichuetti


Rio, longe do mar;
cais sem velas ou
rumores. sem maré...

Ave. longe do ninho;
árvore desfolhada ou
cantigas... no deserto...


A rosa e os passarinhos
juntam-se num verso,
e, asim, fogem da adversa
solidão... coração florido,


longe, da poesia do amor
que conspira e ata
as ramagens da paixão...


                                     SOLILÓQUIO
                             Jorge Bichuetti

Onde andará o amor
que, um dia, sonhei perto,
como perto é o céu e mar?...


Onde andará os deuses
que, um dia, os vi longe,
como longe é o meu
próprio coração?...


Pergunto e nada escuto...
Ruminando, desfaleço,
repetindo, alucinado:
perto e longe é o silêncio;
onde cantam os rouxinóis...


No meu peito ardente, proseia os curiós...


   PATRÍCIA AYER DE NORANHA
                                     Jorge Bichuetti

Há mulheres que escondem
sua origem estelar... andam
ocultando as asas que lhes
permitem viver os caminhos
das flores e a imensidão lunar...


Se falam, falam cantando
um canto que aqui não há;
é o canto das deusas; é o
estribilho do infinito que lhes
fazem mulheres, guerreiras
do porvir... um anjo de
caule e brilho... um anjo, um
novo de tempo de amar e florir...

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