segunda-feira, 28 de novembro de 2011

POESIA: VIDA NO CAMINHO

                           ERRANTE
                                Jorge Bichuetti


errante, vago
entre pedras...


nelas, me verdejo: relva...


um estar verde
entre o lodo e as ervas...


errante, vago;
sonhando com as asas
que um dia virão;


nelas, voarei: um canto
que carregue no vento
a poesia da ternura e a
magia de ser no azul - 
um nômade...


                                      MEU FILHO
                              Jorge Bichuetti

Meu filho, o levo
entre flores que habitam
os fluidos do meu corpo;
ah! meu filho brinca
nos meus sonhos,
canta e me faz rir...


Só nunca me disse
porque se perdeu
entre o azul do céu
e as trilhas do chão...


Mas, eu sei... que ele
olha por mim, soltanto
pipas e bolhas de sabão,
nu'a estrela cintilante...


Assim, sigo... entendendo
o seu pueril esquecimento:
meu filho... esqueceu de nascer,
embora, sorria dami'a saudade,
dizendo: pior seria haver esquecido
de amá-lo e querê-lo, 
pois assim sou teu
sem desejos de partir...

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