quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

AFORISMOS SOBRE A VIDA NOVA; PRÓDIGIOS DO TEMPO NO CORAÇÃO DO VENTO...

                         Jorge Bichuetti

O guerreiro desnuda no horizonte o clarão de u'a nova aurora; a escuridão e a opressão nascem da covardia dos tiranos...que perderam o espírito guerreiro no sepulcro do narcisismo.
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Renovar a vida é pari-la na alegria do novo e da mudança que emergem , florindo o caminho... o resto é maquiagem.
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A pureza difere do puritanismo, como a flor dos espinhos...
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A poesia é um delírio profético não-capturado pela moral e pelo ideário da estabilidade.
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Para o olhar encantado do infinito, a arte é a oração dos que se ajoelham e cantam no templo da ternura.
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A primavera árabe é o maio de 68 que ressuscitou e voou abandonando o sepulcro do niilismo, cancro da pós-modernidade.
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Entre o poeta e o louco, há um pedra: o paradigma da normalidade.
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A utopia socialista driblou o retranca do capitalismo neoliberal, do socialismo real e as das viagens da pós-modernidade... e gol, está na rua, nas flores que sonham com um novo mundo possível... 
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Só os sonhos impossíveis dialogam com o porvir...
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O amor é poesia da vida escrita no corpo dos que ousam superar o medo das paixões...

5 comentários:

Anônimo disse...

Caro Jorge, eu ouço desde longos anos no Brasil e Argentina e, por vezes, de políticos de outros países da América e Latina e do mundo levantarem a voz contra um inimigo externo, com o fim de cerrar fileiras em torno deles mesmos. Assim o poder cai no colo dos políticos populistas ou demagogos. Profanadores da vida de uma nação. No Brasil, a sombra da ameaça norte-americana e o anti-americanismo é ensinado nas universidades, nos jornais de esquerda, sindicatos. Quem teve a primazia de frequentar as salas de aula de uma universidade brasileira sabe do que estou falando. Principalmente na área de ciências humanas. É uma consequência do anti-americanismo ou o desejo real de um socialismo? É um projeto de poder ou um ideal socialista? Devo dizer, contudo, que não ensinar socialismo nas universidades de ciências humanas seria um grande erro, pois a sociedade caminha para um socialismo humanitário, e que seja para um dia próximo. Mas o socialismo que não exclua os avanços dos meios de produção, a sustentabilidade ambiental e humanização do trabalho e da sociedade. Para a segurança nacional é bom ficarmos atentos aos movimentos de peças no tabuleiro das relações entre Brasil e Estados Unidos. A diplomacia americana se apoia no uso da força. Então, temos de cerrar as fileiras para descobrirmos e defendermos o que é o melhor para o Brasil. Até aí, tudo certo. Mas... o inimigo da sociedade brasileira não são os Estados Unidos. E os verdadeiros inimigos do cidadão brasileiro usam o anti-americanismo para manipular e prosseguir dominando. O processo de enriquecimento das elites brasileiras é o mais cruel e perverso capitalismo já criado pelo homem caucasiano, muitas vezes pior que o capitalismo norte-americano. É um capitalismo de exploração degradante e desumano, sem semelhança com qualquer outro momento histórico da civilização européia. E quem é o algoz da sociedade brasileira? Brasileiros nascidos no Brasil e que herdaram o capital e o processo de produção e exploração existente no Brasil Império. Explorar a mão de obra, exportar a produção, enriquecer, comprar terras e imóveis, consolidar o poder político, restringir e abafar direitos, silenciar os que ousam levantar a voz, por meio da violência arbitrária da polícia. E criar um sistema jurídico que permita que tudo isso seja feito dentro do conceito de "ordem e progresso". É como se diz, "para os inimigos, a Lei." E como o Estado Moderno aprendeu muito bem com Augusto Commte e ainda incorporou novos conceitos de controle, principalmente da Psicologia Social, a sociedade brasileira está como que engessada nesta tripé de controle social: mídia, sistema jurídico e repressão e poder do capital. Senão, vejamos: onde um país no mundo com uma carga tributária altíssima como a nossa e sem um sistema de saúde pública e educação universal e de qualidade? Difícil pensar em um programa de seguridade social realmente efetivo que acolha os cidadãos necessitados nesta situação sem igual. Então, se o brasileiro, o "povo" (único lugar do mundo onde cidadão é povo) ao final das contas paga quase 50% de imposto sobre consumo e renda, e não vê nada para si, qual a razão de pagar tanto imposto? Se estamos em um capitalismo onde saúde, educação e seguridade é campo da iniciativa privada, porque pagamos tantos impostos? Melhor admitir que a Constituição de 1988 não foi implementada, fazer outra Constituição e livrar a sociedade das amarras de tantos impostos inúteis para o cidadão. Senão, vejamos. Nos Estados Unidos paga-se poucos impostos e eles tem saúde e educação da melhor qualidade e que atinge a maior parte dos americanos. A seguridade abraça boa parte dos que dela precisam. São os Estados Unidos nosso pior inimigo? As relações entre estados soberanos são travadas dentro do conceito de "real politike", ou seja, o jogo é às claras e a defesa de interesses é obrigação de cada estado soberano. Não se pode esperar ajuda dos países com que temos apenas interesses comerciais. O Brasil faz o mesmo, como qualquer país do mundo.

Anônimo disse...

A primavera árabe para os interesses brasileiros não é importante, no meu ponto de vista. O Brasil não pode jogar todas as fichas nestes inimigos dos Estados Unidos. Melhor para o Brasil manter a neutralidade do que se exasperar sendo parceiro de uma revolução islâmica que causará tão somente atritos para a OTAN. Pior, serão exatamente o que eles precisam: um inimigo frágil e despreparado que manterá a locomotiva da indústria da guerra em movimento. Os BRIC´s tem ajudado o Brasil, mas apoiar uma revolução de retorno à idade média não ajuda a política externa brasileira, que aspira por um assento permanente no Conselho de Segurnaça, este sim, uma posição que permite uma atuação mais abrangente e influente no jogo mundial. O partido da Irmandade Muçulmana e afins, conseguiram 70%, maioria absoluta das cadeiras do parlamento. O que a civilização como um todo ganha com revoluções deste tipo? O mundo não avançará jamais para adiante da mística e fanatismo religiosos? Onde um estado laico e de direito? Onde os direitos das mulheres e das minorias? Onde a liberdade religiosa e de expressão? É um tremendo passo para trás para a civilização "Gaia". Alguém pode me dizer porque em pleno século XXI alguém quer apagar do mapa a existência do Estado de Israel? Voltamos à Inquisição? Ou nunca saímos dela? Esta revolta árabe, primeiro se configurou em uma busca por direitos democráticos, mas acabou por se tornar, pelo menos no Egito, até agora, numa disputa pelo poder baseado na velho argumento de um inimigo externo e guerra santa. Afinal, nas relações entre nações, ninguém é amigo de ninguém, o resto é demagogia. Veremos o que vai acontecer na Líbia, onde grupos de ultra-radicais religiosos já fazem as suas manifestações e dão os seus gritos de ordem. Há alguns dias atrás eu lia a revista "Veja", pobre de mim. Em suas páginas veneno por trás de cada artigo e palavra, quase preconceito racial. Em uma de suas folhas um artigo sobre um novo navio de guerra da marinha americana. Entre tantas notícias mais importantes, o editor pensa que quem lê quer saber sobre isto. Claro, eles sabem quem são os que fazem parte de sua audiência, e não é a massa de brasileiros. Mas o cinismo é próximo do sentimento de impunidade. Pensei: será que eles acham que os brasucas socialistas terão medo dos Estados Unidos ou é puro puxa-saquismo mesmo? Digo que os Estados Unidos não tem qualquer relação com esta elite brasileira e não são poucos os americanos que se indignam com a situação de miserabilidade chocante de alguns de nós. Não há mais espaço para guerras ideológicas no Ocidente. Um consenso já se formou. O resto é manipulação social.

Tânia Marques disse...

Jorge, vc arrasou com esses aforismos, puxa, cada um mais profundo do que o outro.Vc é imbatível na inspiração, no argumento e na arte de cuidar o outro. Beijos

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Caro amigo, a exploração, opressão e mistificação retira da alma da gente a espernça e o dsejo -potência de sonhar e lutar pela humanização da vida... Muito caminho temos que percorrer, resgantado a capacidade de sonhar e a convicção do socialismo libertário - democrático e plural - mas, já vemos o esgotamento da crença no mundo atual... Assim, abre-se o horizonte para a humanidade possa tecer um novo, de solidariedade e compaixão, justiça e liberdade.É a caminhada da humanidade indignada que sonha com a aurora...A fragilidade dos projetos existentes nos permitem pensar o porvir convocados na invenção de um novo modo de viver e relacionar.. Abraços com carinho, ternura e vida; jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia, meu carinho e minha ternura lhe abraço com gratidão... que sigamos semeando sonhos e arte; abs ternos, jorge