domingo, 18 de dezembro de 2011

POESIA: O CANTO DA ALEGRIA

                                MINHA CASA
                              Jorge Bichuetti

Minha casa cheira café e cigarro,
rosas brancas... orvalhadas no vento
que movimenta os álamos; bailado
entre o trinado dos pássaros e mi'as
velhas e aconchegantes canções...


Minha casa é feita de sonhos e poesias:
muitas vezes, nela, ecoa a força das utopias;
quase sempre, nela, pulsa a presença dos amigos,
com o prosear indolente...mineirice enraízada
na alma dos presentes e dos que, á distância,
vivem nela como o luar vive no coração dos amantes...


                      QUASE FELIZ...
                              Jorge Bichuetti


Rogo a Deus pelo meu póvo -
povo guerreiro e amigo, gente
tecida na ternura das manhãs...


Mas, nunca sei o que pedir a
Deus ou ao azul do infinito; eu
sou na errância da luta quase
feliz... por ter sonhos e amigos,
cantigas, flores e passarinhos...


O que me falta?... Não, tenho
falta... tenho desafios e esperanças...
Eu sou... o sono de um menino
que nu'a bolha de sabão vê
a imensidão cosmica da bela vida
que renasce nas manhãs no brilho
das bolas de gude que rolam pelo chão,
na ousadia bailarina das pipas 
que roçam trigueiras o coração de Deus...




A LUA
                               Jorge Bichuetti


A Lua no céu e a Luinha nos meus braços
andam vivendo a alegria e a paz: brincam
e cantam, e, ambas, me pedem flores e poesias...
Querem celebrar... querem festejar...
Amo a vida e a natureza; porém, não aprendi
decifrá-las... miro e anoto a felicidade reinante,
mas, não sabendo as motivações que as duas guardam,
secretamente, espero... ouvindo canções...
preparando doces e guloseimas... pois eu sei
que quando elas, travessas, sorriem
o mal passou, foi-se com o vento...
e o sol nascerá com o horizonte azul
cantando a grandeza do amor e da amizade,
silenciando os ruídos das trevas
que maltratam o coração da própria vida...





2 comentários:

Concha Rousia disse...

Que tua morada seja sempre um lugar de poesia, canto e encanto, que a Lua sempre te envie a sua luz e inspiração, e sempre nos sigas deleitando com tua lirica libertadora de almas e de corpos, abraços com carinho, Concha

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Concha, na ternura da aurora , digo-lhe: amém... caminhos com os fluxos do luar que nos inspiram a cerer, poetizar e lutar pelo amanhecer de um novo tempo; abs ternos, jorge