quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

POESIA: VELAS, FLORES E O HORIZONTE AZUL...

                          NA BEIRA DO MAR
                                     Jorge Bichuetti

As ondas ricochoteiam, rugindo
lamentos e inquietações, choro
que chega na maré vindo cheio
de mágoas, dores e lágrimas...


Conchas coloridas de febril
esperança, brincam... nas mãos
da vida menina que caminha
nos sonhos dos que ousam,


na tormenta, buscar a alegria
de ser retalhos do horizonte
azul que anuncia o alvorecer
dos novos caminhos, manhãs


do amor, clarão,  um novo dia...


O choro da vida envelhecida
toca o chão e desperta as flores
inovadoras da vida menina...


Na beira do mar, o azul está
entre a esperança e o desespero;
ondeia entre lágrimas e adeuses,
germinando cirandas do porvir...


                        VELAS E FLORES
                                     Jorge Bichuetti

Velas e flores oram
escutando os contos
que narra o mar...

O mar conta vidas:
umas, sonhos de amor;
outras, desespero e dor...

O mar anda cansado;
já não é ponte e magia,
nem floresce poesia...

O mar é hoje saudade:
de peixes, mariscos e
estrelas encantadas...

O mar chora o barco
da vida que atolado no
charco, deixou de navegar...


                               CIRANDA DO PORVIR
                                         Jorge Bichuetti    

O homem velho mira o mar
e vendo que o azul do céu é
o mesmo azul que banha seus
pés, pergunta, indignado:
- Oh! Meu Deus, 
por que deixamos de brincar
no sonho que nos faziam 
corpos alados, sementes da vida
que bailavam nos encantos 
do amor batizado no luar?...


Deus silencia; o mar reflete o sol...
e a esperança, vida menina, sorri
com desejo de salvar o mundo,
enfeitiçando-o com a magia 
do viver 
para ser 
a loucura do amar...


  amar é viver na alegria de voar, entre estrelas e o luar.. 

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