quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

POESIA: AMOR E VIDA NO ENTRE INSURGENTE DO LUAR; ESTRELAS CADENTES...

                              ENLUARAR-SE...
                                       Jorge Bichuetti

Nômade, caminho entre
sonhos tecidos na paixão e o luar,
poesia viva escrita pelos deuses
no livro de folhas secas que bailam
entre estrelas no infinito vazio da imensidão...

Eu, desgarrado do humano rebanho, vago
enluarado pelos ternos versos que me tecem
coração e pele, um voo entre nuvens, um
resto de vida que ousa ver no horizonte azul
as borboletas e as flores, ode dos deuses,
delírio antecipatório das clareiras do amanhã...

Assim, carrego comigo, no brincar, u'a criança;
que nega o tédio e a escuridão... tecendo utopias
na esperança que extrai da vida pulsante na alegria
da multidão de cores que brilham nas bolhas de sabão...


                         OS ENIGMAS DA SAUDADE...
                                                         Jorge Bichuetti

No partir e no chegar, sou pura saudade,
u'a estrela cadente faíscando no deserto
dos caminhos silenciosos onde vadios cantam
os andarilhos do vento, meus singelos pardais:
sou a espera... a palavra emudecida na volúpia
das grandes sinfonias... que ecoam no infinito
entre deuses que cirandam na fogueira mágica
onde são tecidos a ternura dos eternos sonhos
que correm nas veias e nos saltos da vida
alada no encanto dos sorrisos de uma criança...

O amor é a ciranda enluarada na ternura
dos deuses que tecem sonhos na magia do barro...

O amor é... o luar prateando o caminho
no coração dos que aninhando-se na pele da vida;
partindo, ficam... parados, voam...

Alado, o amor é o voo, um infinito
na finitude da vida que desconhece o fim e o nada,
pois se refaz nas floradas que alvorecem longe do adeus,
pertinho dos abraços e carícias que germinam
para além do tempo... na terra da vida que rodopia e baila,
brilhando na seresta enternecida do eterno retorno...

A saudade é a poesia dos que na ausência
reluzem presente tecendo u'a multidão
de estrelas e vagalumes no coração da gente...
                                        

Um comentário:

Anônimo disse...

De Denise,

Saudade,

adoro ouvir sua voz,

ando fraca,

cuidando dos meus idosos,

ver meu pai chorar pq vai partir,

mas transformo-me numa palhaça,

só assim sei fazer.

E assim vamos levando.

Uma hora apareço:

remédios,(vc é craque),sua voz,saudade.

Os espíritos lhe rodeiam com bondade. Um abraço apertado, De