terça-feira, 10 de abril de 2012

SOCIEDADE DE AMIGO: O AMOR PATERNAL NA POESIA DE PAULO CECÍLIO

NINAR DE PAI

( ao meu querido fiho Diogo) 

Paulo Cecílio

quatro da matina, 
 
valsa a valsa divina o pai com seu bebê.

 
vai girando ritmado
 
com seu passos seus compassos,
 
sussurras palavras de outras línguas,

 
que não se perderão nunca.

 
valsa, pai,
 
o que agora tens nós pés
 
é gingado dos pais de santo,

 
dos deuses todos os castos,
 
monges budistas padres rabinos,
 
tambores oboés berimbaus angolanos.

 
encarnas sonoros órgãos,
 
cantas nas harpas dos deuses
 
que gemem madrudando o desterro dos anjos .

 
ao teu nenê, és um piano:

 
valoroso corcel tenso,
 
cavalgando com teu filho as estrelas de netuno.

 
valsa pai teu tenso bolero generoso,
 
com cheiro de cachaça velha curada na insônia da vida:

 
é assim que valsam os anjos quando guardam os teus filhos...




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