domingo, 8 de julho de 2012

DIÁRIO DE BORDO: O QUE PODE A POESIA?...

                          Jorge Bichuetti

Brisa matinal; verde orvalhado de esperança... No céu, as últimas estrelas... entre os primeiros raios do sol. As rosas me embriagam com suas orações perfumadas. Meu café preto e quente, me dá chão... Luinha, com dengos de menina amada, decidiu permanecer por mais algum tempo no mundo dos sonhos.
Por teimosia, aqui, estou... Talvez, iludido no delírio que meus escritos façam, para alguém, algum sentido...
Não sou poeta... nem filósofo...
De ofício, psicoterapeuta... Um artesão tecendo caminhos nas entrelinhas das lágrimas; um artesão colorindo o horizonte, como quem desenha auroras nas nuvens que passam sombreando a vida com as cinzas do tempo...
Queria ser mágico... palhaço ou malabarista...
Se mágico, mudava o mundo... multiplicaria risos e amores, canções e poesias...
Se palhaço, enxugaria o pranto do mundo... semearia flores e passarinhos, sonhos e o dom de azular as encruzilhadas do destino...
Se malabarista, descobriria, na corda-bamba, o equilíbrio: a serenidade de saltar sobre abismos para despertar nas alegrias do amanhã.
Ah! se o mundo doído, fosse somente um mundo doido...
Um mundo onde a alegria surgisse espontânea; a diversidade florescesse incluída; e as adversidades fossem gerenciadas segundo O Evangelho do Bem Comum.
Leio poesia: nela, há pão e vinho; caminho e horizonte...
Nela, encontro riso e suavidade... cicatriza minhas feridas; vitaliza meu destino peregrino de loucamente, ante as dores do hoje, desejar o alvorecer de paz e alegria que mora no coração do por-vir...
O dia clareia... 
Um novo dia...
Assim, se fosse fazer minha prece matinal, pediria: coragem de seguir caminhando; ternura de caminhar partilhando... rogaria um olhar de compaixão, e as benesses de um coração solidário...
Ouro e prata?... para que?... tenho poesias. As poesias embelezam e enriquecem os corações que lendo-as, viajam na imensidão do infinito e no infinito que que pulsa no que pode nossa humanidade...
Elas, as poesias, são voos no coração do infinito e mergulhos no infinito dos nossos corações que com elas bailam a ciranda do amor.


2 comentários:

Tânia Marques disse...

Amigo querido, te amo muito. Beijos e fica bem!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia, tenho lutado: biopsias... exames... um caminho de luta; te adoro; abraços azuis e ternos, jorge