sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SOCIEDADE DE AMIGOS: A FORÇA VITAL DA POESIA DE PAULO CECÍLIO



PRISIONEIRO
                 Paulo Cecílio

então, querida,
o tempo se vai e ficamos mudos. 
por teu deus silencias meditas
abrindo teus ainda belos olhos
para que eu conheça o silencio

de teus lábios
e volte a meu deserto

falta-me o fôlego
o norte moveu-se

como nos perdemos tanto?

o cheiro de incenso
exala a estranha que penetrou teu ser

assaltou nosso mundo:

entreguei pra ti o menino do mato,
o mato secou:
o consome um incêndio gelado.

eu tão livre e tua presa...


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